No dia 14 de junho, a Usiminas anunciou a
demissão de 500 trabalhadores até
o próximo mês em Cubatão (SP). Desde que a empresa anunciou a
paralisação temporária em outubro do ano passado, já foram cerca de 2,2 mil demissões.
Essas demissões mais recentes não estavam
previstas no cronograma de ações que a empresa anunciou em outubro de 2015,
quando desligou alguns setores. A Usiminas, nas reuniões com o
Sindicato dos Metalúrgicos de Santos e região, se recusou a buscar alternativas
além das demissões, com a justificativa de que era preciso se adequar à realidade
da Usina de Cubatão. Em janeiro, a empresa afirmou que pretendia restringir o
número de demissões dos trabalhadores a 1,8 mil, mas essa quantidade já foi
ultrapassada.
O Sindipetro Litoral Paulista produziu
um vídeo para esclarecer a situação e explicar o real motivo por trás das
demissões. No vídeo, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos e
região, o Sassá, fala sobre o descaso da empresa nas negociações. Ele explica
que a privatização da antiga Cosipa, em 1993, significou redução de direitos e acabou
com a geração de empregos na região.
O trabalhador Ricardo Freitas, demitido
após 27 anos na Usiminas, critica no vídeo o desrespeito da empresa aos seus
colegas de trabalho “Eu vejo o capitalismo acima de tudo. O capitalismo
está acima do ser humano”, diz.
O SISMMAC acompanha e apoia a luta dos metalúrgicos de Cubatão contra a
ameaça de demissão e de redução salarial. Em 2015, esses trabalhadores
estiveram firmes com o seu sindicato na luta contra a redução de salários
imposta pelo Programa de Proteção ao Emprego (PPE).
Desde novembro, quando a Usiminas anunciou
seu plano de demissões em massa, os trabalhadores resistem e organizam a
mobilização em defesa de seus direitos.
Repudiamos
a atitude da Usiminas de tentar manter o lucro da empresa às custas dos
trabalhadores. Leia a moção de apoio aprovada no XI Congresso do
SISMMAC em apoio à luta dos metalúrgicos de Santos.
Assista ao vídeo:
