Os trabalhadores da Unilever têm sofrido duros ataques do
capital! A categoria está em greve contra a terceirização e as demissões que a
empresa tenta impor. Na tarde do último sábado, dia 7, a Polícia Militar, a
mando da empresa, tentou colocar trabalhadores à força dentro da fábrica.
Na tentativa de impedir esse ataque da empresa e do braço
armado do estado, os trabalhadores e o Sindicato dos Químicos de Vinhedo se
colocaram contra a entrada forçada da Polícia. Ao todo, cinco trabalhadores
foram detidos durante a mobilização.
A manifestação, que foi até a delegacia, foi covardemente
reprimida pela polícia. Dirigentes sindicais, trabalhadores e estudantes que
prestavam solidariedade aos trabalhadores presos foram atingidos com bombas,
cassetetes e ameaças de mais detenções.
A greve é contra a
terceirização
A greve já dura nove dias e paralisou todos os turnos da
produção da Unilever. Antes de tentar colocar trabalhadores à força dentro da
fábrica, a Unilever teve um pedido de interdito proibitório negado pela Justiça.
Os químicos de Vinhedo estão em greve contra a intenção da
empresa de dar continuidade ao processo de terceirização, precarizando,
primeiro, os setores de logística e de processos, para depois terceirizar todos
os setores. Dessa forma, a empresa aumenta seus lucros, demitindo os
trabalhadores para depois contratar com salários mais baixos.
O projeto de lei da terceirização, aprovado pelo governo
Temer, tem por objetivo permitir que as empresas terceirizem toda a produção. E
é isso que a Unilever tenta colocar em prática agora.
Apesar de toda a repressão praticada a mando da Unilever, os
trabalhadores continuam firmes! A luta, que começou com os químicos em Vinhedo aumenta a cada dia com a solidariedade ativa nas mais diversas categorias.
Nós, professoras e professores da rede, nos solidarizamos com a luta dos trabalhadores da Unilever e manifestamos o nosso apoio ao Sindicato
dos Químicos de Vinhedo! Seguimos firmes e juntos na luta contra a
terceirização, as demissões e o ataque à organização dos trabalhadores!