Usiminas coloca o lucro acima da vida dos trabalhadores

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As péssimas condições de trabalho
mutilaram mais um trabalhador dentro da Usiminas de Ipatinga (MG). Nesta segunda-feira
(13), um eletricista teve o braço amputado ao realizar serviços de manutenção e
está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Esse foi o terceiro acidente
grave na siderúrgica em menos de uma semana.
Na última quarta, um trabalhador morreu
ao prestar serviço no local e, na sexta-feira, a explosão do gasômetro feriu 34
trabalhadores e expos os moradores da cidade ao gás tóxico.

A morte de Luís Fernando no dia
8, a violenta explosão do dia 10 e o ferimento de Ricardo Alves no dia 13 não
podem ser chamados de acidentes. São, na verdade, parte de uma tragédia
anunciada, já que a Usiminas coloca a vida dos trabalhadores e da população em
risco na sua gana por mais lucros.

A direção do SISMMAC manifesta sua
solidariedade à luta dos metalúrgicos de Ipatinga por melhores condições de
trabalho e reafirma também seu compromisso com a construção de uma sociedade em
que o lucro não seja mais importante do que a vida de um trabalhador e de sua
família.

Tragédia anunciada

#@txt839@# A Usiminas não faz manutenção
adequada nos equipamentos, não oferece treinamento adequado para os
trabalhadores e deixa de fornecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
necessários para garantir a segurança dos trabalhadores.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga,
apoiado pela Intersindical, denunciou essas péssimas condições de trabalho e
vem cobrando que a entidade sindical possa acompanhar diretamente as
investigações para garantir que a empresa seja responsabilizada e que garanta
condições de trabalho seguras para os trabalhadores.

No dia 9 de agosto, o presidente
da empresa afirmou que “a integridade física das pessoas é valor fundamental
para Usiminas”, mas a realidade mostra justamente o contrário. Por colocar o
lucro acima da vida de seus trabalhadores, a Usiminas impõe condições de
trabalho que ferem, mutilam e matam seus trabalhadores!

Pressa da Usiminas na reabertura mostra descaso com a saúde dos trabalhadores e da população

A explosão do gasômetro aconteceu
por volta das 13h e obrigou a Usiminas a evacuar várias áreas. Logo depois do
acidente, a direção da usina já obrigou os trabalhadores do turno das 15h a
entrar para trabalhar. Ou, seja, retomaram a atividade sem avaliar sequer o
tamanho da tragédia ou os ricos a que os trabalhadores e a população estão
expostos.

Até agora, a empresa ainda não divulgou
quais foram as causas da exploração. O Ministério Público vai
instaurar um inquérito para verificar os danos ambientais.

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