Comissionados usam expediente de trabalho para campanha eleitoral

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
20180916eleicoesc

Faltam 20 dias para o primeiro
turno das eleições. Com a proximidade do pleito, começam a vazar denúncias de
uso da máquina e de liberação de servidores e cargos comissionados para fazer campanha durante o horário de trabalho.

Uma foto do comício realizado na
última terça-feira (11), no restaurante Madalosso, foi publicada na página do
prefeito no Facebook
e escancarou como esse apoio acontece por baixos dos
panos. Além da secretária municipal de educação, aparecem na foto a
superintendente de educação, a diretora do departamento de planejamento, a
coordenadora de regularização, o diretor de desenvolvimento profissional e o
chefe do núcleo Bairro Novo.

Essa não é a primeira vez que
esse tipo de denúncia chega até a direção dos sindicatos, que já estão, junto com os departamentos jurídicos, buscando formas de denunciar os envolvidos para
a justiça eleitoral e demais órgãos competentes.



Ilegalidade

#@txt856@#A lei federal que trata das
eleições (Lei 9.504/97) proíbe que servidores sejam cedidos ou ajudem comitês
de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o
horário de expediente normal. A proibição busca garantir igualdade de disputa
entre as candidaturas.

Além de desobedecer a legislação
eleitoral, o gesto também trata o serviço público como se fosse propriedade do
grupo político ligado ao prefeito. Para as direções do SISMMAC e do SISMUC, é
escandaloso que agentes públicos, sejam ou não comissionados, sejam liberados
para fazer campanha em horário de trabalho, enquanto licenças-prêmio são
rejeitadas com a justificativa de que faltam servidores.

Faltam profissionais de carreira

Nos últimos três anos, Curitiba
perdeu mais de 5 mil
servidores por causa da demora na contratação para substituir as
aposentadorias, falecimentos e exonerações. Isso significa menos trabalhadores
nas escolas, creches, postos de saúde e demais equipamentos da Prefeitura. A
estimativa é que as escolas funcionam com a falta de mais de mil professores.

Na avaliação dos sindicatos, é um
desrespeito com o conjunto dos servidores públicos municipais que realizam com
qualidade seu trabalho, cumprem o seu horário, e recebem em troca uma política
de retirada de direitos, desmonte dos serviços públicos e desvalorização dos
trabalhadores.

Posts Relacionados