Demolição da Previdência Social avança mais um passo

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A proposta da desumana Reforma da Previdência avança mais um
pouco em sua aprovação.
Em votação no segundo turno na madrugada desta quarta-feira (7),
a Câmara dos Deputados deu o aval para uma proposta que fixa as idades mínimas
de aposentadoria para 65 anos no caso dos homens, e para 62 anos no caso das
mulheres. A proposta ignora as péssimas condições de trabalho e de vida que a
população se encontra.

Para garantir a aprovação do texto, Bolsonaro faz mais da
velha política. No primeiro turno o governo já havia liberado cerca de R$ 2
bilhões em emendas parlamentares. No segundo turno não foi diferente, foram
liberados mais de R$ 3 bilhões para garantir que os parlamentares continuem do
lado dos grandes empresários e não da população trabalhadora.

O governo federal vende a Reforma da Previdência como uma
“economia” de R$ 933,5 bilhões em 10 anos. A desculpa do governo Bolsonaro é
que a Reforma ajudaria em um suposto crescimento econômico, que de acordo com
dados divulgados no último mês, não chega a 1%. É dinheiro dos trabalhadores
que será desviado de suas aposentadorias, e que coloca em situação ainda mais
precária, os mais pobres.

O diálogo proposto pela oposição, que modificaria uma série
de emendas da Reforma, já foi descartado pelos parlamentares e a proposta segue
para o Senado. Em resumo, a Reforma reduz o valor da aposentadoria, aumenta o
tempo de contribuição e acaba com direitos da população mais pobre, como o
Benefício de Prestação Continuada (BPC). Enquanto isso, os militares tem seus
benefícios garantidos, assim como os juízes e promotores. O discurso de que a
Reforma combate privilégios é mais uma das grandes mentiras do governo
Bolsonaro.

Intensificar as lutas para pressionar contra a Reforma

O momento que vivemos é de intensificação das lutas para
todos os trabalhadores e trabalhadoras, inclusive do serviço público, que
também tiveram a ideia mínima alterada, além do aumento da alíquota de
contribuição. E para estes trabalhadores a Reforma não acaba por aqui, os
parlamentares preparam uma manobra que garante que os estados e municípios
sejam reinseridos na proposta durante a tramitação no senado.

Não podemos cair no discurso de que o pior da Reforma já
passou, e deixar com que destruam nossa aposentadoria.
O ano de 2019 teve
intensas mobilizações e mostraram a força da classe trabalhadora. Devemos
continuar indo às ruas e pressionar o governo, o senado e os empresários, para
recuarem nos ataques aos direitos dos trabalhadores. No dia 13 de agosto, temos
um encontro marcado na Praça Santos Andrade às 18h. Essa luta é de todos nós!

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