73% dos servidores da saúde já foram infectados em Curitiba

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Depois de muita cobrança, a Prefeitura
finalmente divulgou os dados alarmantes sobre o número de servidores que já foram
infectados com a Covid-19. Ao todo, 7.941 servidores já foram infectados.
Entre eles, 52% são servidores da saúde, um total de 4.182 trabalhadores
infectados.

Os dados foram divulgados na
última quinta-feira (3), durante a audiência com o Ministério Público do
Trabalho (MPT). A falta de transparência é uma marca da gestão em meio à
pandemia, e os números só foram divulgados após a cobrança contínua do SISMUC e
do SISMMAC para realização de testes massivos nos servidores – o que ainda não
tem acontecido.

A Prefeitura não deixou claro se os números consideram os
trabalhadores contratados através do Processo Seletivo Simplificado (PSS).
Entretanto, mesmo considerando estes trabalhadores, os números ainda sim
continuam alarmantes.

Hoje, o
serviço público municipal conta com cerca 28.600 servidores estatutários e
contratos via PSS. Considerando este número, 27% do quadro total do
funcionalismo já foi infectado
. Os dados sobre o número de servidores são
da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2019 e da própria Prefeitura.

A situação fica ainda mais
complicado quando olhamos para o quadro de funcionários da saúde: ao todo são 5.652 trabalhadores da saúde
entre servidores e contratações via PSS.
O número, além de mostrar a falta
de funcionários no município e o enfraquecimento da saúde pública por parte do
desgoverno Greca, também revela que 73% dos trabalhadores que têm se
dedicado a salvar a vida da população já foram infectados.

Mas os números parecem não
assustar a administração, que foi claramente contrária às recomendações
emitidas pelo MPT. Para eles, a utilização de máscaras e o distanciamento
social de 1,5m entre as pessoas já surtiriam efeito para redução do contágio.
Claro que essas são medidas extremamente importantes, mas se as condições têm
sido dadas pela administração, conforme alegação da Prefeitura, como
explicar esse enorme número de casos?


Se o desgoverno Greca não
explica, nós explicamos!

Os locais de trabalho, diferentemente
do que a Prefeitura alega, não possuem estrutura adequada para manutenção de
1,5m de distância. Além disso, o trabalho dos profissionais da linha de frente
exige que haja proximidade entre os pacientes e os trabalhadores. E, se
olharmos para os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) distribuídos, vemos
que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem deixado de lado orientações
importantes – como não dividir EPIs entre os trabalhadores – como forma de
mascarar as condições precárias de combate ao novo coronavírus durante a gestão
Greca.

Desde o início da pandemia, os
trabalhadores da linha de frente foram testados em média apenas uma vez. Depois
disso, as testagens mais frequentes que deveriam acontecer foram ignoradas pela
Prefeitura. Com os servidores em contato constante uns com os outros, é
necessário que os testes sejam realizados com uma frequência determinada para
que seja possível rastrear possíveis transmissões e entender em que condições a
saúde em Curitiba está.

Por isso, embora a Prefeitura não tenha cumprido seu papel
de fiscalização e de cuidado com a saúde da população, os servidores devem
continuar fiscalizando a administração! Só quem está nos locais de trabalho
todos os dias é que sabe da realidade do combate à pandemia. Por isso, se a administração
não tem respeitado alguma medida necessária para manutenção da saúde dos
trabalhadores, entre em
contato com o SISMUC ou o SISMMAC pelo Fala, Servidor
no WhatsApp (41) 99661-9335.
Vamos fazer pressão na Prefeitura para que possamos garantir condições
adequadas de trabalho em meio à pandemia!

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