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33º Congresso da CNTE indica construção de Greve Nacional em março

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Entre 12 e 15 de janeiro, mais de dois mil
trabalhadores e trabalhadoras da educação se reuniram em Brasília no 33°
Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O
SISMMAC participou do evento com uma delegação de 15 professoras e professores.
Na mesma linha do Congresso anterior, o 33º
Congresso da CNTE mostrou-se um espaço bastante burocratizado e sem se voltar
para a organização das lutas do movimento sindical. O fato da divulgação dos
prazos para inscrição de teses não ter sido realizada as claras e a demora na
publicação do estatuto para eleição da direção da entidade já anunciavam o que
veríamos no encontro. Para se ter uma ideia, o Caderno de Teses do Congresso só
foi divulgado às vésperas do Natal, no dia 23 de dezembro.
#@vej3@#Porém, dessa vez, a direção da CNTE foi além,
colocou logo na plenária de abertura o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para
avaliar a conjuntura. Lula transformou a mesa em um verdadeiro palanque
eleitoral.
Assim como no 32º Congresso, novamente, a direção
da CNTE colocou a sustentação da via eleitoral e da conciliação de classes como
saída para a crise e para os ataques que estão por vir, como as reformas da
Previdência e Trabalhista. Só esqueceram de lembrar que a Reforma da
Previdência de 2003 foi aprovada pelo governo petista e que Dilma já vinha
aplicando o draconiano ajuste fiscal, medidas provisórias e projetos de lei que
retiraram direitos dos trabalhadores a exemplo das medidas provisórias 664 e
665 e o Projeto de Lei 257.
Oposição à direção
Durante a realização do Congresso, as possibilidades
de expressão da oposição foram limitadas. Quando professores criticavam a
política de aparelhamento da entidade ou os anos do governo petista eram
vaiados, hostilizados e chamados de golpistas, o que desencorajava qualquer
congressista de colocar a sua opinião.
Conforme deliberação do Congresso do SISMMAC,
realizado em 2015, a direção do Sindicato participou do bloco de oposição à
direção da entidade. Junto com diferentes forças de esquerda (Intersindical – Instrumento
de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, CSP-Conlutas, Unidade Classista,
Arma da Crítica, Esquerda Marxista, Coletivo 15 de Outubro e Corrente
Proletária) nos colocamos em defesa de um movimento sindical não burocratizado,
com independência, autonomia e organização pela base. Entre as pautas da oposição
também estava a construção da greve geral por nenhum direito a menos.
O bloco de oposição recebeu 9,78% dos votos e se
tornou um sopro de denúncia e contestação.
Cada vez mais burocratização
O grupo que dirige a CNTE (Articulação Sindical,
Articulação de Esquerda, O Trabalho, CSD e CTB)
propôs maior burocratização da entidade, aumentando o mandato da
direção de três para quatro anos, afastando ainda mais os dirigentes da
realidade cada vez mais dura dos trabalhadores em educação em seus locais
de trabalho.
Além disso, esse mesmo grupo propôs o aumento de cargos na
entidade e maior flexibilidade para gastos com participações em entidades
internacionais.
É importante também dizer que vários nomes da direção
eleita são os mesmos da gestão anterior, que são os mesmos há muitas gestões. Alguns
membros da direção da CNTE entendem como positivo os seus mais de 20 anos na
direção da entidade e distantes da sala de aula, contam vantagem inclusive pelos
cargos que acumulam nas organizações internacionais da educação. A proposta de
somente uma reeleição na entidade foi novamente rechaçada.
Construir a necessária Greve Geral
#@txt297@#Acreditamos que a
construção da greve nacional da educação não se dará somente na construção de
cartazes e folders. Ela deverá ser
difundida fortemente nas bases e construída em conjunto com outros setores para
além do serviço público e de forma independente.
A CNTE faz uma leitura, que
ficou explicita na fala do presidente da Central Única dos Trabalhadores na
mesa de políticas sindicais, de que a greve deve ter foco na defesa da democracia
e contra o golpe.
Nós acreditamos que o
foco principal é construir
uma Greve Geral por Nenhum Direito a Menos,
conforme debatemos e construímos junto com o magistério durante o ano de 2016.
O magistério de Curitiba sabe
que a mobilização e organização dos professores são os únicos elementos capazes
de obter conquistas frente à série de ataques imposta à classe trabalhadora.

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