Prefeitura empurra 4 crianças com síndrome de down de CMEI para escola

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20180425_reviverdown

Na última segunda-feira (23), mães e pais de quatro
crianças com síndrome de down receberam a notícia de que seus filhos não poderiam
continuar estudando nos CMEIs onde as matrículas eram mantidas com o apoio do
Ministério Público por meio de uma liminar.

A administração recorreu da decisão que garantia a frequência
dessas crianças nos CMEIs e obteve um novo parecer, tornando obrigatória a
entrada delas no ensino fundamental. Como desculpa para abrir vagas nos CMEIs, a
Prefeitura alegou que as crianças já atingiram a idade máxima de permanência na educação infantil

O posicionamento arbitrário da administração municipal não
leva em consideração o processo de desenvolvimento das crianças que, segundo os
apoios de avaliação psicológica, seriam beneficiadas com a retenção na educação infantil.
Houve também falta de respeito e sensibilidade ao comunicar os pais.
Um bilhete de convocação para uma reunião foi enviado
nas agendas das crianças nessa última sexta-feira, 
sem especificar o assunto que seria tratado no encontro. Na segunda-feira (23), os
pais foram surpreendidos pelo verdadeiro motivo da reunião: a expulsão de seus
filhos do CMEI. 
Por esse motivo, pais, professores e membros da Associação Reviver Down
realizaram um protesto na tarde de ontem (24) em frente ao prédio da Prefeitura.
Durante a mobilização, uma comissão formada por pais e profissionais da
educação foi recebida pela procuradora-geral do município, Vanessa Volp, e pela
assessora de Políticas para Pessoas com Deficiência de Curitiba, Denise Moraes.

Apesar de alegar durante a negociação que está apenas
cumprindo a lei, a administração se comprometeu a dar uma resposta às
reivindicações nas próximas 48 horas, para aguardar a volta e o parecer do
prefeito Rafael Greca que está em viagem no México.

A direção do SISMMAC demonstra apoio total à manifestação dos
pais das crianças com síndrome de down que foram impedidas de continuar a frequentar
os CMEIs por causa da idade. A Prefeitura usa um discurso de inclusão de
crianças com necessidades especiais, mas na verdade continua sustentando a
lógica da escola como um depósito, sem o esforço de entender a verdadeira realidade do chão
da escola e as necessidades de cada criança.

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