Bancada do tratoraço usa violência policial para aprovar ataques

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20191118_greve

Greca e os vereadores da base de apoio ao prefeito
repetiram nessa segunda-feira (18) a mesma receita de 2017 para retirar o
direito dos servidores: violência policial, conchavo político e o desrespeito a
todas as regras democráticas. A manobra foi tão vergonhosa que os aliados de
Greca não tiveram sequer coragem de defender os projetos no plenário antes da
votação.

Greca e seus comparsas estão com os dias contados. Seu
tempo de destruição termina na próxima eleição, mas as servidoras e servidores
municipais têm um compromisso com o futuro de Curitiba e continuarão
mobilizados para impedir que destruam ainda mais os serviços públicos.

É por isso que a assembleia realizada na tarde dessa
segunda-feira (18) decidiu que o funcionalismo retorna às atividades a partir de amanhã.
Se Greca e os vereadores
da base de apoio se recusam a ouvir quem conhece a realidade dos serviços
públicos, falaremos para a população trabalhadora que atendemos todos os dias e
que sente na pele as consequências das medidas aprovadas.

No início da tarde, os servidores manifestaram sua
indignação com a desvalorização promovida por Greca e sua turma por meio de uma
intervenção artística nas escadarias da Câmara Municipal. O recado simboliza a
força da união das servidoras e servidores que se somam a população para
defender seus direitos mesmo sob fortes ataques!

A mobilização continua, com
diálogo e panfletagem junto aos colegas de trabalho e com a população
trabalhadora de nossa cidade. Não daremos um minuto de sossego aos vereadores e
ao prefeito que atacam a qualidade dos serviços públicos porque querem
privatizar e transformar em mercadoria o acesso à saúde, educação e assistência
social. Firmes!

Entenda o que os ataques aprovados representam:

Plano de Carreira e
auxílio-transporte

O congelamento por mais dois anos
dos planos de carreira dos servidores foi aprovado por 22 votos a 10. A
proposta mantém todos os mecanismos de crescimentos suspensos até 31 de
dezembro de 2021.

A votação deixou claro que Greca mentiu duas vezes.
Primeiro, durante a campanha eleitoral, quando prometeu que iria honrar os
planos de carreira. E, mentiu novamente em 2017, durante a aprovação do
pacotaço. O congelamento de dois anos e a extensão desse congelamento, agora,
por mais dois anos são manobras para enterrar definitivamente os planos de
carreira.

Os vereadores da base aliada não tiveram coragem de
debater, nem de defender a proposta. Ficou claro só depois da votação que a
proposta aprovada é um substitutivo, apresentado na véspera, que congela por
mais dois anos as carreiras e também trata do auxílio-transporte. A redação
confusa dá margem para a gestão definir se vai fazer o pagamento em pecúnia ou
no cartão do ônibus. Se enganam se pensam que essa manobra vai
diminuir a indignação das servidoras e servidores, que não cairão no velho jogo
de quem dá com uma mão para tirar com outra!

Organização sindical

Os vereadores aprovaram o projeto
de lei que ataca a organização dos trabalhadores também sem nenhum debate ou
justificativa. A proposta limita a seis o número de diretores liberados para
atuação sindical.

A redução do número de diretores liberados busca
enfraquecer a luta dos trabalhadores na defesa dos seus direitos e viola os
princípios de autonomia e liberdade de organização. A proposta permite maior
pressão da administração sobre o conjunto dos trabalhadores e visa enfraquecer
a resistência aos ataques.

Reajuste salarial

No projeto de lei da data-base, vereadores da oposição
apresentaram emendas para aumentar o índice de 3,5% de reajuste, mas não foram
aprovados, mesmo com demonstração de estudos comprovando que um aumento maior
não iria atingir o limite prudencial de gastos previsto na Lei de Responsabilidade
Fiscal.
Assim foi aprovado em primeira discussão o reajuste de 3,5%, índice que
não repõem as perdas de cerca de 10% acumuladas na gestão Greca e nem considera
a perda histórica de 9,95% acumulada desde 1999 até fevereiro de 2016 para os
servidores do quadro geral.

Como foram colocados em regime de urgência para
votação, sem nenhuma explicação, os três projetos deverão ser votados em segunda
discussão já na terça-feira (19). A assembleia realizada no início da tarde
dessa segunda decidiu pela realização de um ato durante a votação em segundo
turno. Por isso, organize o seu local de trabalho e garanta a participação de
pelo menos um representante da sua unidade!

Dos quatro ataques protocolados por Greca, apenas o
projeto que extingue 31 cargos públicos não tramita em regime de urgência.

Desde que assumiu, o desgoverno
Greca vem sucateando as carreiras públicas e destruindo a qualidade do serviço
público. Só com a união da categoria poderemos barrar os ataques!



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