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Sob comando de Greca, bancada do tratoraço vota ataques sem discussão

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Com autoritarismo e falta de diálogo, os
vereadores de Curitiba aprovaram em segunda votação
a prorrogação do
congelamento das carreiras, o reajuste de 3,5% no salário do funcionalismo e o
ataque à organização dos trabalhadores, com a redução no número de servidores
liberados para direção sindical.

Sem coragem para defender os projetos
de Rafael Greca em plenário no primeiro dia de votação, a bancada do tratoraço
teve um comportamento diferente na sessão de terça-feira (19). Alguns parlamentares
questionaram a organização dos sindicatos e tentaram justificar o injustificável.

Os ataques foram aprovados com a Câmara “protegida” pela força policial e
isolada da população por um cordão da Guarda Municipal.

O prefeito estava tão certo do
resultado da votação que até viajou e nem na cidade estava para defender suas
propostas e explicar aos vereadores qual o motivo para urgência nos projetos. A
pressa se justificaria apenas no projeto do reajuste, já que a data-base do
funcionalismo foi no dia 31 de outubro e Greca não havia nem enviado o projeto
para a Câmara. O resultado da votação confirmou o papel da maioria dos
vereadores: fantoche do Executivo, bem diferente do papel para o qual são
eleitos, que é o de fiscalizar e trabalhar pelo bem comum de toda a sociedade.

Sessão
Na primeira votação, na segunda-feira (18), quando os servidores estavam em
greve em defesa dos direitos conquistados com luta, vereadores da oposição
tentaram adiar a sessão por conta da truculência da polícia e pediram
explicações dos vereadores da base sobre o pedido de urgência. Mas ninguém se
manifestou.

A oposição pediu emendas para aumentar
o índice de reajuste, mas não obteve êxito. A bancada do prefeito aprovou o
reajuste de 3,5%, que não cobre as perdas acumuladas durante a gestão Greca e
nem a perda histórica de 9,95% acumulada desde 1999 até fevereiro de 2016.

Defesas dos ataques
Na defesa dos projetos, o vereador
Serginho do Posto justificou a aprovação com a desculpa da crise econômica.
Esse
argumento só aparece quando o assunto são os servidores públicos municipais,
pois, na prestação de contas, a Secretaria de Finanças apontou um superávit que
possibilitou, inclusive, aumento de 27% na contratação de comissionados.
O
parlamentar ainda jogou para a gestão do prefeito anterior a culpa pelo
congelamento das carreiras.

Já o vereador Mauro Ignácio questionou
de forma maldosa e ignorante a arrecadação dos sindicatos e o uso do dinheiro
que os servidores destinam para a luta coletiva dos trabalhadores contra os
ataques e na defesa das carreiras. “Para onde foi esse dinheiro? Para comprar
camiseta?”, questionou o vereador que desconhece como funciona o sindicato,
onde as decisões são aprovadas em assembleia e as prestações de contas são
analisadas por um Conselho Fiscal. O vereador ainda questionou o gasto da
administração com o salário dos servidores liberados, mas não falou sobre o
gasto mensal com os vereadores que chega a mais de R$ 2,8 milhões por mês, o
que equivale a R$ 34,2 milhões por ano.

O líder do prefeito na Câmara,
vereador Pier Petruzziello, não defendeu os projetos em plenário, mas deu
entrevistas para imprensa tradicional defendendo os ataques e ofendendo os
servidores em greve, que foram acompanhar a votação, ao dizer que eram massa de
manobra da direção do sindicato.

O comportamento da bancada do tratoraço
não é novidade, foi assim em 2017 no primeiro pacotaço. O que ainda nos
causa indignação é uso do autoritarismo, da violência e da força policial em um
espaço que reúne representantes do povo, mas que não dialoga com a população e utiliza
do braço armado do Estado para aprovar as proposições do Executivo.

O sindicato somos todos nós! Servidores
que cotidianamente atendem aos demais trabalhadores da cidade, mesmo sem
condições de trabalho!

Nossa mobilização continua e a campanha
Vaza Greca ganha mais força não só com os servidores, mas também com a
população.
É na união da classe trabalhadora que está a nossa força. Firmes!

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