Na assembléia do magistério realizada na noite de 1º de abril, a categoria aprovou a realização de um ato de repúdio aos ataques proferidos pelo vereador Mário Celso Cunha contra os servidores.
Em 31 de março entrou em votação na Câmara Municipal o projeto de lei que propunha reajuste de somente 6% ao funcionalismo. Os sindicatos propuseram aos vereadores emendas para repor as perdas históricas da categoria. Com a assessoria do Dieese foi elaborada proposta para a correção escalonada, de forma a não comprometer as finanças do município.
Emendas
Eram três emendas. A primeira, para que fosse concedido aumento real de 4,94% além dos 5,43% de reajuste inflacionário. A segunda previa reposição de 4,85% para 2009 e outros 4,85% para 2010, relativas aos aumentos não-concedidos no período de 1999 a 2004, quando Beto Richa era vice-prefeito.
Os vereadores do PT aceitaram encaminhar as emendas e só esses quatro parlamentares votaram a favor. Os demais foram contrários.
Circo
O circo estava armado quando os funcionários de carreira chegaram no local para acompanhar a sessão. A casa estava fechada e somente era permitida a entrada de comissionados e pessoas com camisa amarela, de campanha, a favor do prefeito. “De camisa vermelha não entra”, foi a orientação que seguranças receberam.
Somente depois que os aliados do prefeito ocuparam as galerias, as portas foram abertas para os demais. O que se viu foi a palhaçada protagonizada pelo líder do prefeito.
Discursando contra as emendas que recuperariam os valores dos salários, Cunha partiu para a agressão, chamando de “desocupados” e “chorões” os representantes do Sismmac e Sismuc e recebeu vaia dos servidores. O vereador, então, mandou uma “banana” ao funcionalismo.
O ato de repúdio à atitude do vereador será marcado nos próximos dias e será organizado pelos sindicados de servidores municipais e outras entidades dos movimentos sindical e social.
Na foto: Servidores foram à Câmara Municipal defender emendas que reporiam as perdas acumuladas quando Beto Richa era vice-prefeito