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Magistério de Curitiba em luto contra massacre à professores e servidores estaduais do Paraná

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Muitas professoras e professores da rede municipal trabalharam vestidos de preto no dia 30 de abril, em solidariedade aos servidores estaduais do Paraná que foram brutalmente agredidos, à mando do governador Beto Richa (PSDB),  no último dia 29.

A panfletagem do Dia Nacional de Luta, que já estava marcada para o dia 30, ganhou caráter de luto e de luta em defesa da educação e da valorização do magistério. Enquanto as professoras e professores do município panfletavam para as mães e os pais dos alunos sobre a ameaça do projeto de lei da terceirização, a categoria também demostrou seu repúdio ao massacre promovido pelo governado no Centro Cívico.

Para garantir que a mudança na previdência dos servidores estaduais fosse aprovada a qualquer custo, Beto Richa armou um cenário de guerra no Centro Cívico. Centenas de policiais foram deslocados, de todas as regiões, para a capital desde o início da semana para cercar a Assembleia Legislativa e impedir que os trabalhadores protestassem contra um projeto que coloca em risco suas aposentadorias.

Enquanto o projeto de lei 252/2015 era aprovado dentro da Assembleia Legislativa, um verdadeiro massacre ocorria do lado de fora. Bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, spray de pimenta e balas de borracha foram atiradas incessantemente contra os servidores por mais de duas horas.

O massacre do dia 29 de abril não foi resultado do excesso ou da falta de preparo dos policiais. Eles cumpriam ordens do governador Beto Richa, que articulou o poder executivo, a Polícia Militar, a maioria dos deputados da Assembleia Legislativa e o judiciário para que o projeto fosse aprovado a qualquer custo. Já no dia 24 de abril, o Tribunal de Justiça do Paraná publicou um interdito proibitório, impedindo que os professores ocupassem o prédio da Alep. Esse é mais um exemplo triste de que os governos capitalistas não exitam em usar todo o seu poder para reprimir e atacar os trabalhadores.

Com esse projeto, Richa tenta transferir para os trabalhadores a dívida pública gerada por anos de volumosos incentivos e isenções fiscais aos empresários. Nos últimos quatro anos, o governo do Paraná permitiu que grandes empresas adiassem o prazo de pagamento do ICMS por um periodo de dois a oito anos. Estas e outras medidas de caráter privatizante levaram as contas do Estado do Paraná a bancarrota. Essa crise serviu de pretexto para justificar o aumento generalizado de impostos no início do ano e o ataque a direitos dos trabalhadores do serviço público estadual.

A aprovação desse projeto de lei, que já foi sancionado pelo governador em tempo recorde, permite que o governo coloque a mão no dinheiro da previdência dos servidores para recuperar o “poder de investimento” do estado. Na prática, isso significa mais recursos para investir em projetos que beneficiam empreiteiras e grandes empresários.

Veja as fotos da mobilização nas escolas e CMEIs da rede municipal:

 

Confira as imagens das professoras e professores da rede que foram trabalhar de preto hoje (30) em solidariedade aos…

Posted by Sismmac Sindicato on Quinta, 30 de abril de 2015

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