Prefeitura enrola e não apresenta índice de reajuste

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20181004_database

A Prefeitura iniciou as
negociações da data-base sem ter sequer um estudo prévio sobre a situação
financeira do município. Ao menos foi isso que os representantes da
administração afirmaram nesta quinta-feira (4), na primeira reunião sobre a
data-base com os quatro sindicatos que representam os servidores municipais.

O secretário de recursos humanos,
Heraldo Alves das Neves, reconheceu durante a reunião que último reajuste foi
pago em abril de 2016, o que significa um congelamento salarial de 30 meses.

Apesar desse reconhecimento, a
Prefeitura ainda não sabe qual será o índice. Segundo os representantes da
administração, a proposta de reajuste dependerá de um estudo ainda em andamento
sobre crescimento da receita do município. Essa ausência de dados causou estranheza,
já que o secretário de Finanças, Vitor Puppi, prestou contas do orçamento parcial
de 2018, na Câmara Municipal, no dia 25 de setembro.

#@arq875@#Sindicatos cobraram que proposta de reajuste seja apresentada até o dia
11

Os sindicatos cobraram a
apresentação de dados sobre a situação financeira do município, já que a lei de
responsabilidade fiscal municipal, aprovada em meio ao pacotaço, limita o
crescimento da folha. Mesmo com essa restrição, os dados apresentados pelo secretário
de Finanças comprovam crescimento da receita e margem para pagar a data-base.

Diante da completa ausência de informações
por parte da Prefeitura, os sindicatos solicitaram a apresentação de uma proposta
de reajuste e dos estudos sobre o crescimento da arrecadação até o dia 11 de
outubro. Além disso, cobraram que a negociação da data-base não fique refém do jogo
eleitoral.

#@txt874@#Orçamento só vai mal quando o assunto é direito dos servidores

A Prefeitura não quis falar sobre
a situação financeira do município durante a reunião. Para os grupos que detêm
contratos milionários com a administração municipal, a conversa é diferente:
Curitiba não para de crescer. Os números
dos últimos três anos revelam aumento das receitas do município. E, para 2018,
o resultado parcial mostra um crescimento três vezes superior ao do ano
passado.

O gesto dos representantes da
Prefeitura na mesa de negociação contrasta até mesmo com a postura de Rafael
Greca nas redes sociais, já que o prefeito vem respondendo aos comentários de
servidores com a promessa de que pagará a data-base devida aos servidores.

Tudo isso deixa claro que não
falta dinheiro para pagar o reajuste dos servidores, o que falta é vontade
política de valorizar quem constrói, com o seu trabalho, todos os serviços
públicos de nossa cidade.

Os servidores já têm assembleia
unificada marcada para o dia 17 de outubro, às 18h30 em primeira convocação, no
Hotel Hara (Av Iguaçu, 931). Até lá, é preciso aumentar a pressão nos locais de
trabalho para cobrar que a Prefeitura pague a data-base e corrija as perdas
pelos 30 meses de congelamento salarial!

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