Servidores dizem não à terceirização das UPAs

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Servidores municipais e a população trabalhadora de Curitiba realizaram, nesta quarta-feira (26), atos simultâneos em defesa da saúde pública e contra a terceirização em frente às UPAs Boa Vista, Cajuru e Sítio Cercado. As manifestações organizadas pelo SISMUC denunciaram o desmonte da saúde pública que a gestão do prefeito Rafael Greca está colocando em prática.

A direção do SISMMAC participou dos protestos para ajudar a fortalecer a luta contra a terceirização e contra o desmonte dos serviços públicos. Durante os atos, os servidores conversaram com a
população sobre os riscos da terceirização e entregaram material informativo. Na
UPA Cajuru, os servidores realizaram um abraço simbólico em defesa da unidade.

Sem debate

O Conselho Municipal de Saúde (CMS) aprovou a terceirização das unidades em uma reunião tensa, realizada no último dia 19 de junho, onde os servidores, conselheiros e sociedade foram recepcionados com presença reforçada da Guarda Municipal. A partir de uma visão de que saúde é mercadoria, a Prefeitura alega que a terceirização é vantajosa porque gera economia no custo mensal de manutenção da unidade.

Em 2018, Greca reabriu a UPA CIC terceirizada, com administração de uma Organização Social (O.S.), o que estaria gerando uma redução no custo mensal. O que a administração não diz é que a redução dos custos se dá porque a UPA terceirizada não realiza uma série de procedimentos, como exames de sangue e Raio X, além de não receber ambulância de atendimento de emergência e não disponibilizar médico pediatra, precarizando o atendimento para a população.

A alta rotatividade de profissionais, a piora no atendimento para população, a falta de transparência na administração da unidade, o risco para saúde da população e entrada da iniciativa privada para administrar serviços públicos são alguns dos motivos para ser contra a terceirização da saúde pública. A autorização dada pelo CMS representa a entrega de um patrimônio público para uma empresa administrar e a precarização do atendimento para população.

Em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, onde as respectivas Prefeituras adotaram o modelo de O.S., o atendimento ficou pior para população, as condições de trabalho precarizadas para médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, e foram verificadas várias irregularidades e desvio de recursos na administração das unidades.

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