Guedes quer congelar salário dos servidores por mais de um ano

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Como se já não bastasse a decisão
do governo de negligenciar as medidas econômicas necessárias para socorrer a classe trabalhadora em tempos de
pandemia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a atacar o
funcionalismo e quer que os servidores paguem a conta da crise.

Após
reunião com o presidente Jair Bolsonaro, Guedes, declarou que os servidores
públicos não podem ficar em casa com a geladeira cheia e devem fazer uma cota
de sacrifício, ficando um ano e meio sem pedir reajuste.

O ministro deveria dar o exemplo e dar sua
cota de sacrifício, cortando seu próprio salário e o do alto escalão do
executivo, do judiciário e das forças armadas.
Considerando salário e
gratificações, Guedes recebe mais de R$ 30 mil líquido. Também deveria cobrar
uma “cota de sacrifício” das empresas sonegadoras de impostos e
liberar imediatamente o pagamento do auxílio emergencial para milhões de
trabalhadores desempregados ou que trabalham na informalidade e estão sem renda
neste momento.

Muitos
servidores públicos estão trabalhando na linha de frente do combate ao coronavírus
sem proteção adequada, correndo risco de contaminação, e com salários corroídos
pela inflação.

Durante
esse período de pandemia, só os trabalhadores que estão dando sua cota de
sacrifício!

Não
vimos esforços para proteger os empregos. As medidas adotadas pelo governo
neoliberal do Bolsonaro protegem os lucros dos patrões, que tiveram permissão
para reduzir salários e jornadas de trabalho sem nenhum diálogo com os
trabalhadores. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) endossaram o
encaminhamento do Executivo e validaram os acordos entre patrões e empregados
sem participação dos sindicatos.

Governos estão usando o novo Coronavírus
para retirar direitos e ameaçar os trabalhadores!

Em
Curitiba, o prefeito Rafael Greca limitou o pagamento de horas-extras, do
Descanso Semanal Remunerado (DSR) e cancelou contratos do Regime Integral de
Trabalho (RIT), prejudicando os trabalhadores.

Enquanto
a grande parte dos servidores está trabalhando no enfrentamento da pandemia,
Guedes e sua turma estão circulando em carros blindados e o governo enrola para
pagar o auxílio para os que mais precisam de ajuda neste momento.

O
auxílio de R$ 600,00, que ainda não chegou para a maioria dos trabalhadores brasileiros,
não é o suficiente para a subsistência das famílias que estão sem renda. E não será sacrificando os servidores
públicos que a economia do país vai melhorar.

Vamos
fortalecer nossa luta na defesa dos direitos conquistados!
É hora de dizer NÃO
para as medidas provisórias que atacam salários, direitos e empregos e de exigir
que os sacrifícios comecem por quem deveria dar o exemplo.

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