Com poucos testes, Paraná vê crescimento de síndrome respiratória

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 Afinal de contas, qual é a realidade do novo coronavírus
no Brasil? 
Se depender dos governantes e grandes empresários, essa é uma
resposta que não teremos.

A situação da epidemia no Brasil é crítica: na quinta-feira
(4) chegamos à marca
de que uma pessoa morreu por minuto no país, ou seja, a marca histórica de 1473mortos num único dia. Hoje, já contamos com mais
de 44 mil mortos e quase 900 mil confirmados. Somos o segundo colocado entre os
países com maior número de infectados, de acordo com a Universidade Johns
Hopkins. Isso sem levar em consideração que também somos um dos países que
menos realiza testes.

E diante desse cenário, em vez de adotar medidas efetivas
para combate à doença, o que o governo federal tenta fazer é esconder os dados.
Passando por cima da
história e dos corpos dos trabalhadores mortos pela Covid-19 no país, o
Ministério da Saúde recentemente anunciou que “mudaria a forma” como os
dados são contabilizados.

As mudanças feitas pelo Ministério reduziram a quantidade
e a qualidade dos números, 
o portal saiu do ar e, quando retornou, a história
da pandemia havia sido apagada. Na terça-feira (9), por determinação judicial, o
governo federal foi obrigado a voltar a divulgar os dados de forma integral. 
Essa
é só mais uma das tentativas de Bolsonaro de mascarar a péssima gestão que vem
fazendo. Desde o início da pandemia, o presidente vem subestimando a doença
e colocando em risco a vida de milhões de trabalhadores.
Agora, ele tenta
enterrar de vez os mortos pelo vírus.

E no Paraná?

Se engana quem acha que a falta de transparência dos dados
da Covid-19 está só no governo federal. No Paraná, a imagem de que o novo coronavírus
está sob controle no estado pode ser uma mentira, basta olhar os números
para duvidar da verdadeira situação.

Foram
registrados 9.716 casos de Covid-19 e 253 mortes no boletim epidemiológico do
dia 15 de maio. Porém, no mesmo boletim o Paraná registrou 1.507 mortes de
pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Os números
contrastam com o ano passado: de acordo com a Fiocruz em 2019, foram 384 mortes
por SRAG.

#@txt1441@# Os dados assustam e indicam uma subnotificação. São 75%
de mortes a mais
de um ano para o outro. Em relação ao contágio, na mesma
semana epidemiológica em 2019, o Paraná contava com 3226 casos, número muito
abaixo do apresentado em 2020.

Os números demonstram que os governos escolheram o lucro ao
invés da vida dos trabalhadores. A abertura do comércio, a falta de medidas
coletivas para garantir a saúde da população, o baixíssimo benefício
distribuído pelo governo federal, entre outros, mostram que não existe um plano
de abertura, já que a quarentena no Brasil quase não existiu.

Com a desculpa de que a grande preocupação dos governos é a
economia, os trabalhadores morrem sem solidariedade do estado. Enquanto isso,
governos e empresários fazem de tudo para continuar mascarando os dados. No
entanto, essa manobra não apaga a vida e a luta daqueles que se foram. A
classe trabalhadora sempre lutou, e continuará lutando contra os patrões e os
governos para avançar em uma sociedade mais justa, livre da opressão!

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