Três anos do pacotaço: um roubo que não acabou

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20200626_pacotaco

Há três anos, no dia 26 de junho,
acontecia sob forte repressão policial a votação do pacotaço de ajuste fiscal do
desprefeito Rafael Greca
. Os servidores municipais jamais esquecerão desse dia,
que foi marcado pelo congelamento dos salários e das carreiras de milhares de
trabalhadores. Mas, que também será sempre lembrado como um dia de luta e
resistência!

A votação, que foi covardemente
transferida para a Ópera de Arame às pressas, contou com mais de 1,5 mil
policiais para conter a manifestação dos servidores. E foi assim que os
trabalhadores que deveriam ser ouvidos foram duramente reprimidos com bombas,
gás lacrimogênio e spray de pimenta. Mais de 30 servidores ficaram feridos.

Além de ter congelado os planos de carreira e autorizado a
retirada ilegal de R$ 695 milhões do Instituto de Previdência dos Servidores do
Município de Curitiba (IPMC), a votação
na Ópera de Arame também aprovou o aumento progressivo da alíquota do IPMC, que
passou de 11% em 2017 e chegaria a 14% em 2023
. Nos últimos três anos, nossa
previdência continuou sendo alvo de sucessivos ataques. Agora, em ano eleitoral
e em meio a uma pandemia, Greca quer pegar carona na Reforma da Previdência
imposta por Bolsonaro em 2019 para acelerar esse aumento e impor a alíquota de
14% ainda esse ano aos trabalhadores. Já a cota patronal, aquele valor que é
repassado pela Prefeitura, permaneceria inalterado.

Aumento da alíquota para 14% será
votado em sessão remota pela Câmara Municipal na próxima segunda-feira (29).
É
uma vergonha que Greca tente aproveitar de uma situação de calamidade pública
para avançar no ataque aos direitos dos servidores. Por isso, não podemos
aceitar mais essa redução salarial, vamos mostrar para o desprefeito que mesmo
durante a pandemia seguimos firmes. Participe do ato virtual, faça suas
críticas nos comentários e marque um colega. Vamos fazer pressão para que esse
projeto não seja aprovado!

A pandemia escancara a
verdade sobre Greca

Desde a aprovação do pacotaço, a
Prefeitura diz que a medida de ajuste fiscal ajudou as finanças do município,
conseguindo, inclusive, ampliar a capacidade do serviço público. Mas basta
olhar para a realidade para perceber que esta não passa de mais uma mentira do
desprefeito.

Com o foco em se reeleger, Greca
e sua turma aproveitam da pandemia para tentar passar a sensação de que
Curitiba é um verdadeiro mundo de faz de conta! A própria Secretária de Saúde já admitiu que o número de servidores não
é suficiente para continuar atendendo a população
. Com essa informação, ao invés
de chamar os servidores já aprovados nos concursos públicos, a administração
avança no desmonte com o aumento das contratações precarizadas via Processo
Seletivo Simplificado (PSS).

Além disso, os servidores seguem fazendo seu trabalho
durante à pandemia com os salários e Planos de Carreira congelados, além da
intensificação dos ataques aprovados no pacotaço. E, embora o atendimento à
população continue sendo uma prioridade, a estrutura para esse atendimento está
completamente sucateada.

Essa não é a realidade que
Greca quer mostrar, e se ele não faz, nós fazemos!
Ao contrário do que o
desprefeito chamou nas redes sociais de #MauAgouro, essa é a realidade que os
trabalhadores de Curitiba enfrentam todos os dias e é importante que estes
tenham voz contra a truculência e a irresponsabilidade do governo.

Há três anos o pacotaço era
aprovado, e hoje, colhemos os frutos de um projeto de ajuste fiscal que colocou
na conta dos trabalhadores o pagamento pela crise.
Nós não esqueceremos a
violência e o desrespeito da gestão Greca. Os servidores municipais continuam
na luta!

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