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SISMMAC reúne docentes do 6º ao 9º para debater condições de trabalho

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 No último dia 24 de maio, de forma virtual, o SISMMAC realizou uma
reunião com professoras e professores do 6º ao 9º ano da rede municipal para
debater condições de trabalho e formas de mobilização. O encontro contou com
representantes de 6 das 11 escolas municipais que têm turmas dessa faixa
etária.

A reunião deste coletivo surgiu de uma demanda da direção do
sindicato e dos participantes do Conselho de Representantes (CR) do SISMMAC. A
direção do sindicato tem o compromisso de conversar sobre os temas que afetam o
cotidiano da categoria e, a partir do diálogo e da troca de informações, pensar
e executar as ações políticas para defender o magistério.

Como destacado durante a reunião, muitas vezes as ações
pedagógicas relativas a estudantes dessa faixa etária não são tratadas com as
especificidades e a atenção necessárias pela Secretaria Municipal de Educação
(SME), motivo pelo qual esse grupo se constituiu como coletivo e seguirá se
reunindo, a princípio, bimestralmente.

Temas debatidos

Todos os participantes contribuíram com suas análises e
experiências quanto ao trabalho nas turmas do 6º ao 9º ano da rede municipal.
Houve muita concordância em relação aos principais desafios enfrentados.

Na gestão Greca houve queda nas matrículas de nos anos finais da RME.
A rede, que atendia 6.910 estudantes em 2017 (dados do INEP em 2020), passou a atender
5.436 (Não consideramos os dados de 2021/2022, porque ainda não estão
disponíveis, tão logo estejam divulgaremos).

Há também uma queda significativa nas funções docentes nesta etapa
do ensino fundamental: são 89 professores a menos, considerando o período de
2017 a 2020. Ou seja, ao deixar de abrir novas matrículas e fechar turmas,
diminui a necessidade de contratação de profissionais.

Outro fator destacado na reunião é a insegurança relativa à
própria manutenção de turmas nesta faixa etária no magistério municipal, uma
vez que, já há algum tempo, se discute a transferência dessas turmas para a
competência exclusiva do estado, e não mais do município.

Essa situação tem gerado insegurança e dificuldade no
planejamento.

Outro problema constante
nas escolas é a falta de profissionais, seja para substituição de professores
que faltam, muitas vezes por problemas de saúde decorrentes da Covid-19, seja
para atender os estudantes com deficiências ou transtornos do desenvolvimento.

A falta de profissionais gera problemas para o aprendizado e
acompanhamento dos estudantes, sobretudo os que precisam de profissionais de
apoio, e também sobrecarrega professores e pedagogos, que enfrentam um volume
cada vez maior de trabalho.

A sobrecarga também é gerada por um aumento constante nas demandas
burocráticas de professores e gestores, e também por outro problema
identificado em diversas unidades da rede: o excesso de estudantes por sala de
aula, que em algumas escolas supera 35 por turma.

Há ainda problemas que se intensificaram por conta da pandemia. Um
deles é o da defasagem dos estudantes por conta do período de isolamento
social, que levou muitos a terem dificuldades de aprendizagem e de compreensão
maiores do que o esperado em suas faixas etárias.

Por mais que os profissionais se desdobrem para suprir essas
lacunas, muitas vezes trabalhando para além de seus expedientes, trata-se de um
problema estrutural e que precisa de atenção por parte da gestão, que
infelizmente tem optado por se eximir e naturalizar esse tipo de problema.

Ao final de quase duas horas de rica conversa, os participantes
concordaram em seguir se reunindo e refletindo sobre as especificidades do
trabalho nas turmas do 6º ao 9º ano, além de concordarem também quanto à
necessidade de mais mobilização para fortalecer ainda mais os debates e a
atuação futura deste coletivo. 

Fonte: SISMMAC

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