Falta de contratação mantém déficit de 1.000 professores em Curitiba

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Nos últimos quatro anos, Curitiba
perdeu 1.078 professoras e professores concursados.
O déficit causado pela
falta de uma política de reposição das aposentadorias e exonerações é sentido
diariamente no chão da escola e foi confirmado pelos dados oficiais disponibilizados
pela Prefeitura em abril.

Com as nomeações realizadas em 2019,
depois de dois anos de atraso, a gestão Greca contratou ao todo 946
profissionais do magistério. O número não repõe sequer todas as 1.277 aposentadorias
e desligamentos do período. Isso significa que só gestão atual é responsável
por um déficit de 331 profissionais de Docência I e Docência II.

O buraco é ainda maior quando se
consideram os últimos quatro anos. Desde 2015, 2.191 profissionais do
magistério se aposentaram ou se desligaram do município, mas apenas 1.113 novos
professores foram contratados.

Para esconder o déficit, a Prefeitura
impôs uma série de medidas tapa-buraco que só intensificaram o
problema: cortou o número de trabalhadores da limpeza, tirou professores
de educação física das oficinas nas escolas integrais, juntou crianças de 3 e 4
anos nas turmas únicas de pré e substituiu os professores de apoio à inclusão
por estagiários.

#@txt1021@#Segundo o levantamento, 1.024
vagas-vagas, que deveriam ser preenchidas por professores concursados, estão
cobertas de forma temporária com vagas de Regime Integral de Trabalho (RIT).
Essa
forma de contratação deveria ser apenas usada para substituir licenças e
afastamentos, mas foi generalizada nos últimos anos.

E a intenção da Prefeitura é piorar
ainda mais essa situação, com a substituição do RIT e dos concursos públicos
por um tipo de contratação com piores salários e menos direitos via Processo
Seletivo Simplificado (PSS).

A mobilização do magistério, junto com
os demais serviços e com a população trabalhadora de nossa cidade será
fundamental para impedir que o desmonte da educação pública em Curitiba. Além de cobrar que a Prefeitura retome
a política de reposição das aposentadorias e exonerações, nossa pressão também
vai exigir a nomeação dos trabalhadores aprovados no concurso de Docência I realizado em 2017
e dos aprovados nos mais de 20 concursos abertos em março deste ano e
que ainda estão em andamento.

Faça parte dessa luta e ajude a
defender a qualidade da educação pública!

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