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Ato cobra o fim da impunidade no campo

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Nesta quinta-feira, 17 de abril completam 12 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás. Cerca 500 pessoas realizam ato público contra a violência das milícias armadas e do latifúndio, no município de Ortigueira, no Paraná. O protesto iniciou às 10 horas com caminhada pela cidade em direção à Igreja Matriz, onde foi realizado ato ecumênico com a presença de religiosos, autoridades políticas e representantes de organizações sociais. Dirigentes de diversos sindicatos e da CUT também participaram.

Os manifestantes prestam homenagem a Eli Dallemole e Valmir Mota de Oliveira (Keno), assassinados em solo paranaense pela truculência das milícias armadas, comandadas pela impunidade do latifúndio brasileiro.

Entidades dos movimentos sociais e organizações de direitos humanos cobram da Justiça a devida punição aos responsáveis e mandantes dos crimes, bem como a imediata desarticulação das milícias armadas no Paraná.

O ato faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, que acontece em todo país para denunciar os 12 anos de impunidade do Massacre de Eldorado dos Carajás. No dia 17 de abril de 1996, 19 trabalhadores rurais foram mortos, centenas de feridos e 69 mutilados naquela cidade do Pará.

O relatório de “Conflitos no Campo Brasil 2007” da Comissão Pastoral da Terra, divulgado no dia 15, aponta que o Paraná é o segundo estado do Brasil em vítimas de ações de grupos paramilitares no campo. Também é o segundo em número de famílias despejadas e o quarto no número de conflitos por terra. Em 2007 foram registrados 73 casos de conflitos por terra no estado, dois assassinatos (Valmir Mota e Antonio Novakoski). Também cresceu o número de tentativas de assassinatos e ameaças de morte. Foram 18 trabalhadores ameaçados de morte em 2007, contra apenas um em 2006.

TExto de Davi Macedo/CUT-PR

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