O magistério mostrou, mais uma vez, que as assembleias do sindicato são o verdadeiro espaço de discussão e decisão da categoria. Na enquete realizada pela Prefeitura sobre a eleição de diretores e vice-diretores, as professoras e professores da rede mostraram união e reafirmaram todas as posições aprovadas anteriormente na assembleia do dia 19 de abril.
Mais de 74% das escolas da rede defenderam o fim da dobradinha, reafirmando a escolha que permite apenas uma eleição consecutiva para os cargos de direção, sem possibilidade de revezamento entre diretor e vice. A maioria também optou por garantir que essa regra deve valer daqui para frente, ou seja, todos podem concorrer nas eleições deste ano e podem exercer dois mandatos consecutivos.
O percentual foi ainda mais expressivo nas questões que tratam da quantidade de votos por profissional e da duração do pleito. Mais de 95% das unidades defenderam que a professora ou o professor que possuir duas matrículas tenha direito a dois votos e 84,6% reafirmaram que a eleição deverá ser realizada durante um dia de semana, das 7h às 20h.
Em muitas unidades, o magistério enviou cartas à administração municipal criticando a iniciativa da enquete e reafirmando que as decisões da assembleia são soberanas e deveriam ser acatadas de imediato pela Prefeitura.
A pressão exercida pelo magistério através do envio de cartas e da participação critica na enquete surtiu efeito e fez a administração municipal se comprometer a acatar as mudanças reivindicadas pela categoria. Em reunião realizada com o SISMMAC na última segunda-feira (9), a Prefeitura afirmou que os três itens polêmicos que foram tema da enquete – fim da dobradinha, quantidades de votos por profissional e duração do pleito – serão incorporadas ao projeto de lei que será encaminhado a Câmara Municipal ainda no primeiro semestre.
Vencida essa primeira batalha, agora é hora de ficarmos atentos para garantir que o projeto seja aprovado na Câmara Municipal o quanto antes para que as alterações passem a valer nas eleições deste ano.
Clique aqui para conferir o resultado da enquete, apresentado pela Prefeitura na reunião do dia 9.
Respeito às instâncias de decisão do magistério
O SISMMAC já apontou os limites que as enquetes possuem enquanto instrumento de consulta, pois não propiciam o debate sobre o tema e limitam o entendimento e a participação qualitativa dos trabalhadores. Entretanto, a Prefeitura insiste em continuar usando esse mecanismo, alegando que é uma forma de ampliar a discussão com o magistério.
Entendemos que as decisões aprovadas pela categoria nas assembleias e demais instâncias de decisão do Sindicato são soberanas e devem ser respeitadas pela administração municipal. São espaços presenciais que privilegiam o debate coletivo e permitem que o conjunto da categoria defina suas posições com qualidade.
