RádioagênciaNP – Depois de decretarem o fim da greve, os funcionários e professores da Universidade de São Paulo retornaram às atividades na quarta-feira, 1º de julho. As categorias conseguiram 6% de aumento salarial referente à reposição da inflação. Os funcionários ganharam, entre outras coisas, aumentos nos auxílios alimentação e creche. Eles também impediram a implantação imediata do plano de carreira que exigia o nível superior de estudo para a categoria.
A reitora Suely Vilela também se comprometeu a não perseguir politicamente os integrantes do movimento. Os dias parados também não serão descontados. Já a implantação do ensino à distância nas universidades – um dos pontos de mobilização dos grevistas – foi adiada por falta de verbas do estado.
Para o membro da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), Luiz Renato Martins, a principal conquista foi política.
“O debate da democratização urgente da Universidade ganhou o primeiro plano. A importância da união política entre funcionários, professores e estudantes se tornou muito clara. Hoje o quadro de consciência política na Universidade está difundido, o programa está posto e as lutas vão ser retomadas, em clima de unidade, a partir de agosto com certeza.”
Já os estudantes decidiram pela manutenção da greve. Eles avaliaram que a paralisação é fundamental para o avanço das principais pautas que motivaram a greve das três categorias, como a saída da reitora e a readmissão do sindicalista Claudionor Brandão.