• Home
  • »
  • Geral
  • »
  • Para professores, faltam condições para a reposição com qualidade

Para professores, faltam condições para a reposição com qualidade

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Os professores que compareceram à assembleia geral realizada no início da noite de 9 de setembro expuseram as várias dificuldades surgidas para a reorganização do calendário escolar para repor as aulas suspensas pela ocorrência da pandemia da gripe A.

Após a discussão a respeito dessa situação nas escolas, novas reivindicações foram aprovadas para serem inseridas na pauta para negociação com a Prefeitura Municipal. Uma delas é a cobrança de hora extra para cada hora trabalhada além de 20 horas semanais. A categoria lembra que no período de aulas suspensas, os professores foram comunicados que estavam de sobreaviso e poderiam ser convocados a qualquer momento.

Outra reivindicação é o pagamento de vale-refeição para os dias de reposição, pois o intervalo de almoço foi reduzido para muitos professores, impedindo-os de fazer a refeição em casa.

Para as turmas de 5ª a 8ª séries, que já cumprem carga de trabalho de 4,5 horas diárias, a categoria entende que não há a necessidade de reposição. O calendário dessas turmas já preveem 900 horas de trabalho no ano e, mesmo com as aulas suspensas, está acima das 800 horas exigidas.

Clique aqui para conhecer as demais reivindicações.

Sobrecarga
O debate na assembleia deixou evidente que todos reconhecem o direito dos estudantes de acesso a todo o conteúdo previsto para o ano, mas questionam as condições em que se dará a reposição.

“O aluno não presta mais atenção e a professora está exausta nessa quinta aula, ainda mais quando é no fim do segundo turno”, critica uma professora. Outra lembra que “a gente sai mais cedo para trabalhar, volta mais tarde e não consegue se alimentar direito, e também tem que trabalhar sábados, domingos e feriados”. Ambas questionam: “como dar qualidade ao ensino nessas condições”?

Autonomia
Outra queixa frequente é a falta de flexibilidade das direções de algumas escolas para atender às necessidades de professoras/es na reorganização dos calendários. Este problema revela o grau de democracia nos ambientes escolares.

Os conselhos de educação e até a Secretaria Municipal reconhecem que as escolas têm autonomia para elaborar o calendário. Ou seja, o calendário deve ser reorganizado pelo conjunto da escola, não imposto pela direção ou por quem quer que seja.

As escolas com cultura mais democrática estão conseguindo negociar estes problemas a contento. Nas escolas com poder mais centralizado, cabe aos próprios professores exigir a abertura de discussão que considere todos os casos.

Posts Relacionados