Na Semana da Pátria será realizado em todo o Brasil o plebiscito sobre a Reestatização da Companhia Vale do Rio Doce. De 1º a 7 de setembro, entidades do movimento social e sindical recolherão as repostas de milhões de brasileiros para a pergunta se a Vale deve continuar nas mãos do capital privado? NÃO, SIM, nulo ou em branco serão as respostas.
O plebiscito não é oficial. É um meio que a sociedade utiliza para colocar em debate questões nacionais importantes. Em 2000, o tema foi a auditoria da dívida externa. Em 2002, a Área de Livre Comércio das Américas, defendida pelo governo dos EUA para subjugar as economias latino-americanas.
As cédulas do plebiscito poderão ter uma ou quatro questões. Algumas entidades usarão cédulas simplificadas com uma pergunta sobre a nulidade do leilão. Outras inserirão questões que também se referem à defesa do patrimônio público e tratam da dívida pública interna, da tarifa de energia elétrica de companhias privatizadas e da reforma da previdência.
Informe-se sobre privatização da Cia. Vale do Rio Doce:
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SAIBA MAIS
Valor da Vale do Rio Doce foi equivalente ao lucro de 4 meses
Durante o auge dos anos neoliberais, tucanos e democratas dilapidaram o patrimônio público, para justificar sua entrega ao capital privado. As privatizações foram respaldadas por intensa campanha de mídia e a complacência dos meios de comunicação.
Tudo valia em favor da privatização: o apagão de energia, os acidentes ambientais que envolveram a Petrobrás, entre outras situações.
Nesse assalto ao patrimônio público, a Companhia Vale do Rio Doce foi vendida durante o governo de FHC, por apenas 3,3 bilhões de reais. Apenas 3,59% do valor estimado na época, em 92 bilhões. Quem comprou a empresa adquiriu de graça suas jazidas.
Em apenas quatro meses de lucros os novos donos da Vale repuseam o capital investido. O prejuízo da privatização ficou com o Estado brasileiro
Não diga que a alta rentabilidade é devido à gestão privada porque a Petrobrás seguia o mesmo caminho. Como não foi privatizada a tempo, a empresa foi recuperada nos últimos anos, tornando-se referência no mundo.
Em dezembro de 2005, o Tribunal Regional Federal, em Brasília, acatou uma ação judicial e reconheceu a nulidade da avaliação do valor da venda da Vale do Rio Doce. Esta decisão abre a possibilidade da anulação do leilão ocorrido em 1997.
Com o plebiscito, os movimentos sociais assumem o desafio de reverter defender a anulação do leilão, já que há respaldo jurídico. O presidente Lula, num dos debates da campanha eleitoral disse que foi um erro ter privatizado a Vale.