Quem Te Viu, Quem Te Vê – Iolanda Maria Prestes Motta

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
20191216_qtvqtvdezembro
A professora aposentada Iolanda Maria Prestes Motta nasceu em Dom Pedrito, Rio Grande do Sul, onde morou até os 24 anos. Iolanda lembra que sua infância não foi fácil. No entanto, apesar de ter enfrentado dificuldades financeiras,a educação sempre foi uma prioridade na família. “Meu pai e minha mãe lutaram muito para que eu pudesse estudar. Andávamos quilômetros para chegar na escola, e tive que trabalhar para ajudar a família. Mas eu recebi o apoio necessário dos meus pais, que fizeram de tudo para que os filhos estudassem”, diz.

Desde pequena, Iolanda gostava de brincar de professora, e já na adolescência decidiu que seguiria a carreira do magistério. A jornada começou já aos 17 anos de idade em sua cidade natal, onde deu aula para adultos.

Iolanda veio para Curitiba na década de 1970 para acompanhar o marido que estava trabalhando na construção da rodovia BR 277. Em 1978, Iolanda começou a trabalhar como professora no estado, e um ano depois ingressou na rede municipal de ensino. As principais escolas por onde ela passou foram E.M Pedro Viriato Parigot de Souza e CEI Issa Nacli. 

Dentro da sala de aula, a matéria que Iolanda mais gostava de trabalhar com os alunos era Língua Portuguesa e ela tem boas recordações das atividades. “Eu sempre gostei de ler e de escrever e fico muito feliz de ter tido a oportunidade de trabalhar isso com os meus alunos”, relembra. Ela também participou de projetos envolvendo a comunidade escolar, como o Criança Segura, que discutiu cuidados com as crianças para evitar acidentes domésticos. Revendo a sua experiência no chão da escola, Iolanda afirma que trabalhou em uma boa época para ensinar, pois as crianças respeitavam mais afigura do professor. 

No entanto, o cenário fora da sala de aula era diferente. “Houve muita luta por valorização e condições de trabalho na minha época. Eu não estava fisicamente presente em todas as reuniões do Sindicato, mas recebia todas as informações da representante da minha escola e fazia questão de participar das mobilizações”, comenta. A mobilização mais marcante para Iolanda foi a greve de 40 dias, que ocorreu em 1987.

Quando se aposentou em 2003, Iolanda já conhecia o Coletivo de Aposentados do SISMMAC e logo começou a frequentar os encontros mensais.“Participar do grupo é muito importante para ficar por dentro das notícias e criar uma rede de apoio.Afinal, juntos somos mais fortes”, diz. Além de participar do Coletivo, Iolanda se dedica à outras atividades, como a escrita. Em 2018, ela lançou seu primeiro livro de poesias “Manifestações de Amor” e já está pensando no próximo projeto. Ela também contribuiu para o livro “Memórias de Lutas: um olhar dos professores aposentados da Rede Municipal de Curitiba”, lançado neste ano no Seminário de Aposentados e Pré-aposentados do SISMMAC.

Posts Relacionados